sábado, 26 de junho de 2010

Sim, ela das melhores.




Queria te ligar pra ouvir o quanto eu desperdiço em continuar a fazer e insistir naquilo sabe? . Você dizia o quanto me admirava e eu ria dizendo ser impressão, negava e gargalhava.
Estou a uma semana fugindo da tua saudade, mas hoje.. arr hoje, “tô num daqueles dias sabe?” Daqueles que brigo e luto com celular para não ligar para a fonte de minha inquietações.
Sempre nessas horas, me vinha uma angústia, ela adentrava eu me sentia tão sufocado. Bem, ás vezes eu te ligava, e dizia : "Caralho tô mal" e você permanecia ali, me dizendo que eu era novo, que tinha tanta coisa pela frente... Ahh que você que era velho, que tinha motivos para estar no meu lugar.
Sempre discordava, mesmo sem embasar os fatos. Você era feliz sempre, e quando estava mal saia, chutava as coisas e se divertia.

Sabe naquele dia, me arrependo tanto em não ter continuado a ligação, em não ter deixado aquele trabalho de lado, e ter continuado a ligação, sim ter continuado a ligação. Me sinto tão culpado ainda, tão participante. Você poderia ter ligado outras vezes, eu estava lá. Enquanto estava sentando nessa máquina e discutindo com esse ser contínuo por colocações sociologicoverbais, vi teu nome no celular, lembrei que fazia tempo que não conversávamos. Me veio a mente, aquele noite no CinePe, fiquei tão feliz em te ver. Aiii aquele dia, conversávamos tanto sobre estudos, vida, saídas, filmes... percebeu que todo mundo se afastou? Os nossos amigos saíram e ficamos sós, conversando como se ninguém ali estivesse presente. Te abracei. Foi bom, passava paz.

E quando você me perguntava como estava minha vida... Eram tantos problemas, tantas coisas desorganizadas, tantas pessoas, tantas dores, frustrações... Você me entendia tão bem, sabia o que era sentir tudo isso.

Quando soube, senti raiva, me perguntava por que diabos essa bosta de Congresso me fez perder meu tempo e me deixar estressado daquele jeito? Porque justo agora, que eu tinha passado a semana toda ouvindo a Gal, me sentindo arrependido por minimiza-la pra ti. Mal esperava pra pedir desculpas, aliás foi a segunda coisa que disse naquela ligação: “Menino, tô louco pela Gal”.

A última coisa que ouço de ti é: ”Espero poder cantar Gal com você na mesa do bar”. Como eu bem disse, “com certeza”. Vou tomar umas daquelas doses de vodka, com gelo que todo mundo odeia, e só nós gostamos, e canta-la. Irei ao show, cantarei olhando pro céu pra lembrar teu deu sorriso.

Sim, ainda queria te ligar, como hoje. É ele fez de novo aquelas coisas que você diz ser das mais egocêntricas, a faculdade tá me matando, e tua voz ainda fica aqui ecoando. Teus elogios. É também pensava se daria, mas não dava; não do jeito em que eu estava, mas me apaixonei. Não teria como. Sua doçura era contagiante.

Quando eu tiver no show, te ligarei, vai cair na caixa postal. Mas vou dizer: “Vamos cantar, sim ela é uma das melhores.”